Destinado a um projeto de energias renováveis em Espanha, o BEI e a Repsol assinaram hoje a primeira tranche de 400 milhões do total do financiamento acordado para reduzir as emissões de carbono.
O acordo de empréstimo, assinado hoje entre a Repsol e a o Banco de Investimento Europeu (BEI), destina-se a financiar um investimento que a petrolífera está a realizar em Espanha, para a instalação de parques eólicos e fábricas fotovoltaicas, com uma capacidade total de 1,1 GW, que deverá entrar em operação já em 2025. Com mais este investimento, a Repsol pretende alcançar assim uma capacidade instalada de 20GW até 2030 e atingir a neutralidade carbónica em 2050.
O financiamento total ascenderá a 575 milhões, tendo sido hoje libertada uma tranche de 400 milhões de euros. Este investimento da Repsol contribuirá para alcançar o objetivo do plano REPowerEU em aumentar a segurança energética e reduzir a dependência europeia das importações de combustíveis fósseis. O presidente executivo da Repsol, Josu Jon Imaz, explicou, a propósito, que: “Este novo financiamento é um apoio ao plano de ação estabelecido no Plano Estratégico 2021-2025, que tem como objetivo alcançar os 6 GW de capacidade instalada em 2025 e de 20 GW em 2030. O apoio do BEI valida a nossa meta de zero emissões líquidas até 2050 e é mais uma forma de demonstrarmos que avançamos no caminho certo”.
Este projeto permitirá fornecer eletricidade equivalente ao consumo médio anual de 645 mil famílias espanholas e ajudará a reduzir a emissão de gases com efeitos de estufas equivalentes a 800 mil toneladas de carbono por ano. Mais de 35% da capacidade instalada ficará em zonas de coesão, ou seja, em regiões nas quais o rendimento per capita fica abaixo dos 75% da média europeia.
Durante a assinatura do acordo, que decorreu em Madrid, Ricardo Mourinho Félix, vice-presidente do BEI disse que “Com esta operação, o BEI continua a acelerar a transição energética em Espanha, graças ao aumento da capacidade de geração de energia renovável e o apoio à estratégia de descarbonização da Repsol”. E acrescentou ainda: “Vivemos um momento decisivo da transição energética, acentuado pelo impacto da injustificada agressão da Rússia à Ucrânia. Garantir o acesso a uma energia sustentável para todos os europeus é fundamental para a autonomia estratégica da EU. A colaboração público-privada e a aposta firme das empresas pela descarbonização são hoje mais necessárias que nunca”.
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